Filósofo e teórico cultural russo. Ele é o autor de inúmeras obras filosóficas que circularam em Samizdat e causaram impacto na intelectualidade liberal nas décadas de 1960 e 1970.
Nascido em 13 de março de 1918, na cidade de Wilno (agora Vilnius), faleceu em 2013, em Moscou. Em 1925, sua família mudou-se para Moscou. Ali ele completou a escola e se formou em língua e literatura russa do Instituto de Filosofia, Literatura e História. Em 1939, sua tese sobre Dostoiévski foi julgada antimarxista. Como resultado, ele não foi admitido para estudos de pós-graduação após a formatura, em 1940. Depois da invasão alemã da União Soviética em 1941, ele lutou como soldado de infantaria na campanha de Stalingrado. Foi duas vezes ferido e duas vezes condecorado. Em 1946 foi expulso do Partido por “declarações antipartido”. Três anos depois, ele foi preso e condenado a 5 anos de prisão por “agitação anti-soviética”; (Artigo 58, 10). Foi libertado na anistia de 1953, mas recusou-se a voltar ao Partido e não foi autorizado a ensinar no nível superior. Até a Perestroika em 1990, seus escritos e pesquisas não podiam ser publicados em seu próprio país. Apesar dessas severas restrições, Pomerants era bem conhecido na Rússia como escritor e pensador. Tornou-se membro da Academia de Pesquisa em Humanidades (dirigindo sua seção Culturológica), da Academia de Ciências Naturais (na seção "Homem e Criatividade"), do Sindicato dos Escritores e do Pen Club. Seus livros e escritos se baseiam em filosofia e religião, sociologia e história cultural, com um estilo que mistura ironia, insight e narrativa pessoal. Ele e sua esposa, a poetisa Zinaida Mirkina, moravam em Moscou.